quarta-feira, 7 de setembro de 2011

David Guetta - Nothing But The Beat

Pode-se dizer que, atualmente, o francês David Guetta é o DJ mais conhecido do mundo. Ele sempre foi bem conhecido pelos amantes de música eletrônica, sempre teve um grande sucesso para as pistas, mas quando lançou o álbum One Love, em 2009, além de se tornar conhecido no mundo todo, Guetta foi responsável por mudar a forma como a música eletrônica era feita e conhecida. Ele se arriscou ao misturar suas batidas dançantes com os vocais de grandes nomes do R&B e hip-hop, mas esse risco valeu a pena. O resultado foram grandes músicas com sonoridades diferentes de tudo que vinha tocando. Entre as melhores do álbum, temos o grande sucesso When Love Takes Over, que levou Kelly Rowland para o topo das paradas e a tornou diva dance quase que automaticamente; Sexy Bitch com Akon, que tocou pelo mundo todo até a exaustão; e a faixa título que tinha a participação inusitada, porém incrível, de Estelle. Guetta também é conhecido por produzir alguns dos grandes sucessos dos útlimos anos, o maior deles é sem dúvidas I Gotta Feeling, ótima música do Black Eyed Peas que acabou se tornando insuportável de tanto que tocou. Agora Guetta tenta recriar a mágica lançando seu novo álbum: Nothing But The Beat

Quando ele anunciou que seguiria o mesmo caminho do álbum anterior, todo mundo ficou com um pé atrás, afinal essa história de se repetir em busca do sucesso normalmente não dá certo, vide Timbaland com seu Shock Value II que afundou nas vendas e também com a carreira do cantor/produtor. Quando o primeiro single foi divulgado, o medo só aumentou. Where Them Girls At era mais do mesmo que vinhamos ouvindo do DJ, a única coisa que salvava na música era a participação de Nicki Minaj, que traz energia e algo novo em seus momentos. O segundo single não ajudou em nada também. Little Bad Girl, que tem a participação de Taio Cruz e Ludacris, continua na vibe da mesmice de batidas e estilo, e pior, não tem nem Nicki Minaj para salvar. Mas uma coisa tenho que dizer, mesmo parecendo sobras de seu One Love, as músicas não farão feio nas pistas. Não importa a balada, quando tocarem todo mundo vai dançar e se divertir. Além disso, a coisa toda não estava perdida e Guetta tinha algumas cartas na manga. Em uma estratégia comum hoje em dia que é a de lançar um single por semana no iTunes como uma forma de fazer uma contagem regressiva para o lançamento do álbum, Guetta disponibilizou Titanium, música com a participação inusitada de Sia e que é, sem dúvidas, a melhor do álbum e arrisco-me a dizer a melhor de sua carreira. Quando o álbum vazou foi lançado, minha surpresa foi grande ao ver que muitas músicas ali eram realmente boas.

No geral Nothing But The Beat não faz feio. Nele temos músicas no estilo farofa dos dois primeiros singles, que mesmo não sendo nada incrível ou revolucionário farão bonito em qualquer balada pelo mundo afora, e músicas diferentes e com muito estilo que agradarão muito aos fãs que esperavam algum novo, mas sem fugir do que já estamos acostumados a ouvir de Guetta. Ele continua fazendo seu dance farofa, mas o resultado final do álbum é incrívelmente bom. Mesmo músicas que esperávamos ser uma bomba, acabam nos surpreendendo, vide Crank It Up (com o Akon) e I Can Only Imagine (com o Chris Brown e o Lil Wayne). As únicas que eu realmente tiraria do álbum são o segundo single, Little Bad Girl, que realmente não me convence, e Wet (remix de uma música do último álbum do Snoop Dogg que eu ainda não entendi o porquê de ter sido incluída aqui). A participação de Timbaland e Dev no álbum também me desperta sentimentos mistos. I Just Wanna Fuck é aquela música que eu esperava amar e ainda não consegui gostar, já tentei ouvir várias vezes, mas não me ganha, não adianta.

Mas deixe esses tropeços de lado, os destaques do álbum te faz esquecer qualquer uma dessas músicas. Além da já citada Titanium (meu grande amor atualemnte), Nothing But The Beat ainda tem as ótimas Turn Me On, segunda participação de Nicki Minaj no álbum e de uma forma totalmente inesperada: ela canta praticamente a música toda e apesar de em alguns momentos a distorção na voz dela ser exagerada, a música é muito boa; Without U, que conta com os vocais de Usher e será o terceiro single do álbum tem tudo para bombar muito e tirar a sensação de só as músicas mais fracas terem sido escolhidas como single; e Night Of Your Life, que é, na minha opinião, a When Love Takes Over do álbum, uma música forte e marcante que ainda conta com os vocais incríveis de Jennifer Hudson (outra que Guetta trouxe para o dance/pop e que eu acho que não deveria sair nunca mais). Repeat, música cantada por Jessie J, que segundo o DJ entrou no álbum na última hora, não chega a ser do nível das melhores, mas fica ali entre as boas músicas do álbum. A última faixa, I'm a Machine, que na verdade é uma faixa bônus, é uma surpresa, já que, além de uma boa batida, conta com os ótimos vocais de uma cantora desconhecida do grande público: Crystal Nicole (famosa compositora que já trabalhou com nomes como Mariah Carey, Beyoncé, Jennifer Lopez, Janet Jackson e Rihanna). Nothing But The Beat acaba como um excelente álbum de música pop e deve agradar a maioria dos fãs do gênero, não vai ser a última maravilha do mundo e nem revolucionará a indústria como One Love fez, mas é divertido ao extremo e já provou que a maldição Timbaland está longe se atingir Guetta, já que o álbum pegou ficou em quinto lugar no top 200 da billboar e é o primeiro top 10 do DJ em toda a sua carreira.

Além de tudo isso, Nothing But The Beat ainda conta com um segundo disco, apenas com músicas eletrônicas instrumentais. Eu ainda não ouvi, por isso não posso dizer se é bom ou não, mas conta com a participação de outros grandes DJs que estão despontando para o sucesso agora, como Avicii e Afrojack. Abaixo você pode ver os clipes de Where Them Girls At e Little Bad Girl:





See ya!!!

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