quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

15 Melhores Álbuns de 2010

Sei que o ano ainda não acabou e que ainda tem muita coisa para ser lançada, mas acredito que a lista não mudará até o dia 31 de dezembro. Essa lista surgiu por causa de um tópico em uma comunidade no Orkut que pedia para os participantes listarem os 15 melhores álbuns do ano na opinião deles. Listas são polêmicas é claro, mas é por isso que todo mundo adora. Você pode não concordar, ou até mesmo achar incrível, mas nunca vai ficar indiferente. Segue abaixo os 15 melhores álbuns de 2010 na minha opinião. Ah, vou deixar claro mais uma vez que não entendo de música, minha lista foi feita de acordo com o que me agradou e que não parou de tocar no meu pc durante esse ano. A lista não está em uma ordem de preferência, ela foi feita de acordo conforme os nomes surgiam na minha cabeça.

1. Pink Friday - Nicki Minaj


O primeiro álbum da rapper entrou na lista já que foi uma grata surpresa no ano de 2010. Meus comentários mais "profundos" sobre o trabalho estão no post anterior, que você pode acessar clicando aqui. Só digo aqui que Pink Friday é uma ótima mistura de rap, hip-hop e pop, com participações incríveis (Rihanna, Eminem, Drake, Kanye West), letras absurdas e feito para se ouvir do começo ao fim.
Destaques: I'm The Best, Roman's Revenge (feat. Eminem), Fly (feat. Rihanna), Check It Out (feat. Will.I.Am) e Moment 4 Life (feat. Drake).

2. LOUD - Rihanna


Esse não é o melhor álbum da Rihanna, que para mim, sem dúvidas, é o Rated R, mas ainda assim é um trabalho acima da média para a cantora de Barbados. Sempre impecável na produção e com músicas que se tornam hits instantâneos, Rihanna voltou um pouco ao seu estilo de Good Girl Gone Bad para esse novo trabalho. Podemos dizer que o álbum é bem mais alegre que o anterior e possui uma leveza maior.
Destaques: Only Girl (In The World), What's My Name (feat. Drake), S&M, Cheers (Drink To That), Raining Men (feat. Nicki Minaj) e Love The Way You Lie Pt. II (feat. Eminem).

3. My Beautiful Dark Twisted Fantasy - Kanye West


Kanye voltou à música depois do episódio VMA-Taylor Swift com o melhor álbum de sua carreira. My Beautiful Dark Twisted Fantasy é uma obra megalomaníaca de um gênio da música atual. Músicas fortes, de impacto e sem a preocupação de soar comercial. O álbum conseguiu as tão sonhadas cinco estrelas da Rolling Stone, algo que poucos alcançaram até hoje. Além disso, sem nenhum grande hit nas paradas, o álbum estreou em primeiro lugar com mais de 500 mil cópias vendidas na primeira semana. Esse é o poder de Kanye West, cara que consegue se reinventar a cada novo trabalho e melhorar sempre.
Destaques: Dark Fantasy, Gorgeous (feat. Kid Cudi & Raekwon), Power (feat. Dwele), All Of The Lights, Monster (feat. Jay-Z, Bon Iver, Rick Ross & Nicki Minaj) e Runaway (feat. Pusha T).

4. A Thousand Suns - Linkin Park


Também já comentei aqui no blog sobre o último álbum de uma das minhas bandas favoritas, senão a favorita, Linkin Park. A Thousand Suns é um álbum conceitual extremamente diferente de tudo que a banda já fez, e por isso mesmo, único e excelente. A Thousand Suns possui uma sonoridade mais eletrônica, chegado à psicodelia em alguns momentos. O álbum foi feito para ser ouvido inteiro, na sequência planejada pela banda.
Destaques: Burning In The Skies, When They Come For Me, Waiting For The End, Wrectches And Kings, The Catalyst e The Messenger.

5. Light Me Up - The Pretty Reckless


The Pretty Reckless é a banda da Little J Taylor Momsen, de Gossip Girl. A garota abandonou o estilo inocente e incorporou o estilo rebelde do rock. Enquanto Leighton Meester tentava arduamente conseguir uma carreira decente na música, com músicas e mais músicas lançadas sem sucesso, Taylor foi comendo pelas bordas e chegou de surpresa - pelo menos para mim - com uma banda incrível e com uns vocais que eu jamais imaginei que ela tivesse. Eles fazem um rock gostoso de se ouvir, com letras que grudam em sua cabeça e fazem com que você cante junto o tempo todo.
Destaques: My Medicine, Since You're Gone, Make Me Wanna Die, Light Me Up e Just Tonight.

6. Recovery - Eminem


Depois de um álbum de sucesso, mas considerado fraco para os padrões do cantor, ele lançou nesse ano Recovery, e é realmente uma recuperação diante do anterior - desculpem o trocadilho. O novo álbum deixa um pouco de lado as canções engraçadinhas pelas quais ele ficou conhecido para trazer um trabalho sólido de hip-hop, sério e pesado, que, para mim é o melhor da carreira do rapper junto com The Eminem Show. Mais uma vez as letras têm base na conturbada vida do cantor.
Destaques: Cold Window Blows, Won't Back Down (feat. P!nk), Going Through Changes, No Love (feat. Lil Wayne), Not Afraid e Love The Way You Lie (feat. Rihanna).

7. Body Talk - Robyn


A cantora Robyn lançou nesse ano três álbuns que faziam parte do projeto Body Talk. A cada novo álbum Robyn surgia ainda mais interessante e nos mantinha ansiosos pelo próximo. Agora ela lança o álbum definitivo que junta as melhores músicas dos três EPs e se torna o álbum perfeito. Com o som eletrônico característico da cantora, somos levados a dançar em meio a depressão de suas letras. Com o projeto ela apenas se consolidou como uma das melhores cantores da atualidade.
Destaques: Dancing On My Own, Don't Fucking Tell Me What to Do, Fembot, Indestructible, Hang With Me, None Of Dem (feat. Röyksopp) e Dancehall Queen.

8. B.o.B Presents: The Adventures of Bobby Ray - B.o.B


B.o.B surgiu nesse ano com um álbum de estreia com qualidade digno de muito veterano por aí. O público reconheceu seu talento e o sucesso, merecido por sinal, veio junto. The Adventures of Bobby Ray tem um estilo parecido com o Pink Friday da Nicki Minaj, misturando rap, hip-hop e pop com qualidade, além de contar com participações ótimas.
Destaques: Don't Let Me Fall, Nothin' On You (feat. Bruno Mars), Airplanes (feat. Hayley Williams), Ghost In The Machine e The Kids (feat. Janelle Monae).

9. Bionic - Christina Aguilera


O maior fracasso da carreira da cantora, e um dos maiores do ano, também é um dos melhores álbuns dela. Bionic foi extremamente injustiçado por muitos e merece sim a atenção de quem é fã de música pop. Eu prefiro essa Christina Aguilera moderna. Podem dizer o que quiserem de Back To Basics, mas eu realmente não gosto daquele álbum, acho extremamente chato na maior parte do tempo. Para mim, Bionic só perde para Stripped entre os melhores de Christina. Aqui a cantora experimenta novas sonoridades, investe menos nos gritos e tenta evoluir musicalmente. Bionic só não é melhor ainda por causa das cansativas baladas que ela insistiu em colocar em parte do álbum.
Destaques: Bionic, Not Myself Tonight, Woohoo (feat. Nicki Minaj), Elastic Love, Desnudate, Glam e Vanity.

10. Flesh Tone - Kelis


Eu não conhecia Kelis antes de Acapella, primeiro single desse álbum. Na verdade, conhecia uma música, Milkshake, mas não sabia que era dela. Convenhamos, ouvindo o último álbum da cantora, sem um conhecimento prévio, é impossível ligar aquela mulher do R&B/Urban com essa diva da música eletrônica. Ela faz um ótimo trabalho, consistente e sem cair na mesmice da música eletrônica atual. O único problema: o álbum é curto demais, só tem nove músicas.
Destaques: 4th Of July (Fireworks), Acapella, Scream e Brave.

11. Euphoria - Enrique Iglesias


Sempre gostei do Enrique Iglesias, mas ele nunca foi um dos mais ouvidos no meu computador. Isso até ele lançar o Euphoria. O álbum bilíngue que o cantor lançou esse ano foi uma grata surpresa, que mistura um pouco da sonoridade latina com a vertente de sucesso atualmente, o mix de pop e eletrônico. As músicas seguem um estilo simples e ao mesmo tempo viciante e o sucesso atual do cantor pode provar que tem dado certo.
Destaques: I Like It (feat. Pitbull), Heartbeat (feat. Nicole Scherzinger), Dirty Dancer (feat. Usher) e No Me Digas Que No (feat. Wisin & Yandel). Além disso, temos Tonight (feat. Ludacris), single avulso lançado recentemente que deve fazer parte de um provável relançamento do álbum.

12. Teenage Dream - Katy Perry


Todos se perguntavam depois do grande sucesso de One Of The Boys, primeiro álbum da Katy Perry, se ela conseguiria continuar fazendo sucesso. Eis que com o lançamento do seu segundo álbum ela provou que sim, que não é mais uma one-hit wonder, conseguindo inclusive colocar seus três primeiros singles em primeiro lugar na Billboard. O álbum foi feito para bombar mesmo. Além de trabalhar com grandes produtores do momento como Max Martin e Dr. Luke, Katy produziu um cd repleto de potenciais singles. Todos ali tem cara de música de trabalho. Teenage Dream segue o estilo pop chiclete do anterior, com músicas que já estão tocando e vão tocar em muitas baladas por ai.
Destaques: Teenage Dream, Last Friday Night (T.G.I.F.), California Gurls (feat. Snoop Dogg), Firework, Peacock e E.T.

13. Jason Derülo - Jason Derülo


Descobri Jason Derülo meio que por acaso, nas minhas constantes buscas por novos cantores pela internet. Ouvi e curti de cara. Seu primeiro álbum é um excelente exemplo dessa nova vertente de R&B com uma pegada mais pop. Além disso, o cara canta muito e dança demais. Seu disco é curto, mas ótimo para ser ouvido de ponta a ponta. Como o álbum da Katy Perry, Jason Derülo tem um álbum com vários prováveis hits, o que se provou verdade conforme ele ia lançando singles e alcançado sucesso.
Destaques: Whatcha Say, Ridin' Solo, In My Head, The Sky's The Limit e Love Hangover.

14. Above The Noise - McFly


Quando o McFly lançou o primeiro single desse novo trabalho, muita gente estranhou o estilo bem mais pop. Eu adorei. Achei ótimo para o grupo tentar mudar um pouco o estilo de bandinha de músicas de filmes adolescentes - que eu adoro por sinal. Quando ouvi o álbum por inteiro tive certeza que foi o melhor a ser feito. Eles continuam com o pop suave, mas ainda apostam em uma sonoridade nova, mais puxada do pop e do R&B. O álbum conta inclusive com a participação da sensação do R&B no momento, Taio Cruz. Mesmo os fãs ferrenhos do grupo, depois do susto inicial, deverão curtir muito esse novo trabalho.
Destaques: Party Girl, Shine A Light (feat. Taio Cruz), Nowhere Left To Run e I Need A Woman.

15. Danger Days: The True Lives Of The Fabulous Killjoys - My Chemical Romance


Quem também voltou mais pop e colorido foi o My Chemical Romance. Depois de um álbum extremamente dark, mas excelente, eles partiram para um caminho um pouco diferente, fazendo um rock mais animado, mas sem perder algumas das principais características da banda. Quem ouvir, ainda vai saber que está ouvindo ao My Chemical Romance, mas a um novo My Chemical Romance. O álbum tem todo um conceito por trás que está inclusive presente nos excelentes clipes lançados até agora para os dois primeiros singles.
Destaques: Na Na Na (Na Na Na Na Na Na Na Na Na), SING, The Only Hope For Me Is You, Planetary (GO!) e Save Yourself, I'll Hold Them Back.

Espero realmente que gostem da lista, foi feita meio que sem pensar muito. Tenho certeza que faltou muita gente, mas eles que nos perdoem. Se achar que tem algum álbum que não está na lista e você acha que merecia, comente, critique, elogie.

See ya!!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Rede Social

Genial! Essa palavra define A Rede Social. Além de a obra ser genial, o filme é dirigido pelo também genial David Fincher (Clube da Luta), estrelado por atores da nova geração que dão a entender possuírem um futuro genial se continuarem com o ótimo trabalho e conta a história de pessoas geniais. Resumindo, genialidade não falta ao filme que vem sendo aclamado por muitos um dos melhores filmes do ano, o que eu pude confirmar hoje.


O filme é baseado no livro Bilionários Por Acaso: A Criação do Facebook - Uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição, de Ben Mezrich e conta a história de como Mark Zuckerberg criou o famoso site de relacionamentos aos 20 anos. Zuckerberg era um estudantes de Harvard e acaba tendo a ideia de criar um site de relacionamentos para o seleto grupo de estudantes da prestigiada universidade. O que ninguém imaginava no começo era a proporção que sua criação tomaria. O filme acompanha todo o desenvolvimento do site e suas consequências na vida pessoal do seu criador.


A Rede Social, ao longo de seus 120 minutos, nunca fica cansativo. O sentimento de urgência é presente o tempo todo. A tensão crescente entre os envolvidos também. E isso leva o espectador para dentro daquele cenário. Tudo extremamente bem pontuado pela ótima trilha sonora criada especialmente para o filme por Trent Reznor e Atticus Ross. As canções surgem durante toda a produção como alguém que pega na sua mão e te guia por aquele cenário, ela te embala de uma forma única que o faz se sentir parte daquele contexto.


O roteiro de Aaron Sorkin, sendo ele uma verdade absoluta, parte dela ou uma completa obra ficcional, é impecável. Mas ele não seria tudo isso também se não houvesse Jesse Eisenberg (Zumbilândia). A atuação do jovem ator é precisa. Seu Mark possui a arrogância de quem sabe o quão inteligente é e não esconde isso, mas também possui a ingenuidade de uma criança que às vezes faz o que faz sem pensar e é levado pela pirotecnia do mundo que está entrando. Ou seja, ela é um ser humano apenas, extremamente inteligente, extremamente rico, mas apenas um ser humano.


Não podemos deixar de citar a ótima participação do novo Homem Aranha, Andrew Garfield, como o sócio e co-fundador Eduardo Saverin. Não é atoa o grande número de elogios que o ator tem recebido. E tem também Justin Timberlake como o criador do Napster Sean Parker. Isso mesmo, o cantor, que agora está mais para ator, entrega uma atuação respeitável em meio a grandes nomes. Claro que todos possuem o auxílio do deslumbramento causado pelas personas que interpretam. Além disso, a história ganha em muito envolvendo poder e inteligência daquela forma.


David Fincher cria uma homenagem ao mundo moderno, aos jovens que nele existem e a essa linguagem, sem deixar de lado seus conhecidos cortes e movimentos de câmera. Ele cria, dentro de seus padrões de cineasta, uma obra para ser vista e revista com o mesmo entusiasmo, já que a urgência presente na obra passa para o espectador que deixa a sala de cinema pilhado com vontade de ver o filme umas três vezes seguidas. Isso para mim é o maio elogio que um cineasta pode ter: fazer com que as pessoas queiram rever seu filme imediatamente após o término da primeira sessão.

Veja o trailer:



See ya!!!