sábado, 25 de fevereiro de 2012

Oscar 2012 - Críticas: Tão Forte e Tão Perto

Acho que Tão Forte e Tão Perto foi o filme que mais me surpreendeu por constar na lista dos nove indicados ao Oscar de melhor filme, mesmo antes de tê-lo visto. Agora, depois de assistir à adaptação para as telonas do romance Extremamente Alto & Incrivelmente Perto de Jonathan Safran Foer, minha surpresa continua. Primeiro que o filme não é bom, que dirá no nível que se espera de um indicado ao Oscar. Segundo que, quando lançado nos EUA, teve uma das piores recepções entre os críticos especializados que eu já vi entre um indicado. Terceiro que uma boa bilheteria não foi o seu caso. E por último, mesmo com grandes nomes no elenco, como Tom Hanks, Sandra Bullock e Viola Davis, só Max Von Sidow (merecidamente indicado) se destaca, e em um papel que, apesar de impactante, é pequeno. No geral, o filme é mais um entre os muitos deste ano que só estão lá ocupando espaço entre os indicados.

Tão Forte e Tão Perto conta a história de Oskar Shell (Thomas Horn), um garoto genial que precisa lidar com a morte repentina do pai (Tom Hanks), uma das vítimas do 11 de setembro. Quando ele encontra uma chave dentro do armário do pai, ele vê no mistério de descobrir de onde é aquela chave uma chance de prolongar seu tempo com seu pai, mesmo que indiretamente. E é nesta busca que ele acaba descobrindo outros segredos de sua família.

Dirigido pelo normalmente competente Stephen Daldry, responsável por grandes filmes como O Leitor, As Horas e Billy Elliot, Tão Forte e Tão Perto acaba soando chato e pretensioso como seu protagonista, o garoto Thomas Horn, que constrói um personagem tão irritante que faz o espectador perder qualquer simpatia por sua busca e/ou dor. Eu tinha vontade, em certos momentos, de pegar aquele negócio que ele andava chacoalhando e dar na cabeça dele com força até quebrar, o instrumento ou ele. Outro grande problema do filme para mim foi sua construção, que acabou deixando a jornada do garoto, que imagino ser a parte mais importante do filme, em segundo plano para se focar no drama do momento do acidente com as torres.

Só vale pela já citada atuação de Max Von Sidow e pelo passeio por Nova York que é muito bem filmado, mesmo que ficando em segundo plano. Eu esperava algo extremamente emocional, principalmente pelo trailer e pelo histórico do diretor, mas acabei com sono. Confira o trailer:



See ya!!!

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