Um dos principais problemas do primeiro Fúria de Titãs, o remake lançado em 2010, era a precariedade de seu roteiro. Além disso, para que o filme se encaixasse na onda do momento, o filme foi convertido às pressas para 3D, o que resultou em um dos piores filmes lançados no formato, com vários problemas que chegavam a deformar as imagens. Ainda assim, mesmo com todos estes problemas, o filme ainda conseguiu fazer uma bilheteria boa e garantir uma continuação e a pergunta que nos fazíamos sempre era: tem como piorar? Bom, depois de ver o filme ontem posso garantir que piorar não piorou, mas também não é uma grande melhora. A diferença entre o primeiro e este é o fato de o 3D não ser péssimo. O roteiro ainda é péssimo e os efeitos especiais ainda são o principal atrativo.
O novo Fúria de Titãs se passa dez anos depois do primeiro, com Perseu (Sam Worthington), depois de derrotar o Kraken, vivendo com seu filho em uma ilha de pescadores tentando levar a vida como um ser humano normal. Quando os deuses começa a enfraquecer porque os humanos já não rezam por eles, Hades (Ralph Fiennes) e Ares (Édgar Ramírez) se unem para garantir sua própria sobrevivência. Para isso eles fazem um acordo de entregar Zeus (Liam Neeson) para Cronos, titã e pais de todos os deuses, para que este use o poder de Zeus para se libertar de Tártaro e trazer a destruição para a Terra. Com isso Perseu precisa resgatar seu pai e ainda impedir que Cronos destrua tudo que é conhecido.
Esse fio de história basta para jogar Perseu em uma batalha com diversos seres mitológicos sem qualquer coesão ou preocupação de desenvolvimento de nenhum dos personagens que o acompanham. No meio disso tudo, piadas e frases de efeitos são proferidas a torto e a direito pelo protagonista e seus companheiros. Soluções rápidas também são as saídas para todos os problemas da história, em um momento de preguiça épica dos roteiristas de desenvolver qualquer cena, algo mais ou menos assim: "Desculpe-me?", "Tá perdoado, e não se fala mais nisso.". O que sobra, como dito anteriormente, são os efeitos especiais de qualidade utilizados nesta continuação, a criação de algumas boas cenas de ação e um 3D que emprega bem as pegadinhas que o formato fornece, como jogar as coisas nos espectadores. Além disso, Sam Worthington faz o possível para tornar seu personagem carismático e crível e até consegue entregar um bom trabalho, tirando aquele cabelo péssimo.
Agora nos resta torcer para que a bilheteria baixa da estreia faça os produtores pararem de insistir nesta franquia e deixem perseu viver tranquilamente em sua ilha até o fim de sua vida. Confira o trailer:
See ya!!!
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