quinta-feira, 12 de abril de 2012

Espelho, Espelho Meu

Que a história da Branca de Neve está em alta todo mundo sabe. Também é fato que dois filmes produzidos abordando de diferentes formas esta história estão chegando aos cinemas em um período de menos de dois meses. Pois então, o primeiro deles estreou na semana passada e eu tenho que admitir que me surpreendi. Não sei se o filme realmente é divertido ou se minha expectativa que estava baixa, mas Espelho, Espelho Meu, versão bem humorada da história que conta com Julia Roberts como a rainha má, conseguiu tirar boas risadas de mim e ainda me entreter de uma forma que eu nem vi o tempo passar, mas não deve ir além disso.

Espelho, Espelho Meu pega a história da Branca de Neve e a transforma em uma aventura repleta de humor com algumas mudanças em relação ao texto original. A base da princesa que perde a mãe no parto e passa a ser perseguida por sua madrasta por causa de sua beleza continua a mesma, só que aqui não temos um caçador que a leva para a floresta para matá-la, não temos anões mineradores e nem uma mocinha indefesa, como já era de se esperar. No filme escrito por Mellissa Wallack e Jason Keller, Branca de Neve é levada para a floresta para ser morta pelo capanga da rainha, que não consegue, claro, enquanto ela se prepara para casar com o príncipe para resolver seus problemas financeiros.

A direção de Espelho, Espelho Meu é de Tarsem Singh e isso fica claro desde a primeira tomada do filme. O diretor indiano, que foi responsável por Imortais, lançado ano passado, e A Cela, com a Jennifer Lopez (que eu amo), tem um apreço acima da média pela parte estética de seus filmes e por criar cenários e figurinos que se sobressaem durante toda a projeção. Não podemos esperar nada menos que um filme belíssimo para os olhos quando temos o indiano como diretor, e com Espelho, Espelho Meu não é diferente. A direção de arte do filme é impecável. O que são aqueles figurinos do baile? Lindos, assim como todos os usados pela rainha de Julia Roberts.

Roberts é outro destaque da produção. A atriz vai fundo no estilo sarcástico da rainha e cria momentos de humor que mesmo fundamentos em piadas um pouco batidas, funcionam. Armie Hammer também diverte como o Príncipe que é simplesmente um desastre. Além disso, Nathan Lane rouba a cena como o capanga da rainha e os anões possuem bons momentos em tela. Já Lily Collins, a Branca de Neve, está ali para ser bonita, o que ela é e ponto, mas ela não chega a convencer como a grande heroína.

Espelho, Espelho Meu acabou se tornando o filme inocente, em todos os sentidos, que os trailers já adiantavam, que consegue ser um bom passatempo, mas que não deve ir além da sessão. Talvez seja lembrado pela atuação de Julia Roberts, mas só. Veremos se Kristen Stewart, Charlize Theron e Chris Hemsworth conseguem se sair melhor na versão deles que promete ser mais sombria e épica. Confira o trailer de Espelho, Espelho Meu:



See ya!!!

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