Estou de volta, depois das férias mais curtas da minha vida. Foram 15 dias que pareceram 15 horas, nunca vi passar tão rápido, mas é a vida. E, junto com a minha volta, trago dicas de música, música boa, e em dose dupla. Estou completamente viciado nos novos álbuns dessas duas cantoras, que, para mim, estão entre os melhores desse ano (até agora). Estou falando de Kelis e Robyn.
Começando por Kelis.
A cantora já está em seu quinto álbum e com uma carreira que já vem desde 1998. Ela ficou mundialmente famosa pelo hit Milkshake, de 2003, presente em seu terceiro álbum. Em 2006 lançou seu quarto álbum que foi mal nas vendas e fez com ela sumisse por uns tempos. Seu retorno aconteceu agora em 2010, com seu FleshTone. A cantora deixou de lado o R&B pelo qual era conhecida e investiu, acertadamente, diga-se de passagem, no eletrônico para seu novo projeto. E todo o álbum segue o mesmo ritmo. Não temos aqui o equilíbrio tão comum entre músicas dançantes e baladas que inundam a maioria dos CDs lançados. A faixa mais calma é a introdução, chamada Intro. Por calma entenda-se uma batida mais sombria e lenta para Kelis apresentar ao ouvinte o que vem pela frente, quando ela diz que vai dar algo realmente bom para que ele experimente. Depois disso, faixa após faixa, a batida vai aumentando sem interrupção. Sim, o álbum vem apostando no que está se tornando cada vez mais comum, o final de uma música puxa o início de outra. São faixas totalmente condizentes com o estilo proposto para o projeto, viciantes e que são boas de ouvir tanto em casa quanto na balada. Minhas favoritas são os dois primeiros singles, Acapella e 4th Of July (Fireworks), 22nd Century e Scream. O único problema é que o álbum é pequeno, tem apenas nove músicas.
Confira abaixo o clip do segundo single do álbum, 4th Of July (Fireworks):
Agora Robyn.
Ela é uma cantora sueca, com uma carreira um pouco mais longa que Kelis, mas que também tem cinco álbuns lançados até hoje. Ela iniciou sua carreira em 1994, e com três álbuns lançados até 2002, decidiu deixar a grande gravadora da qual era contratada e partir para algo mais alternativo, criando sua própria gravadora e tendo, a partir disso, liberdade criativa total. Nessa fase ela lançou o álbum intitulado Robyn, um dos mais elogiados naquele ano, e que até hoje rende láureas à cantora. Agora Robyn lança Body Talk Pt. 1, álbum que faz parte de uma trilogia. Seguindo Body Talk Pt. 1, lançado em junho, a cantora lançará Body Talk Pt. 2 em setembro e Body Talk Pt. 3 no fim do ano. Com isso, o primeiro álbum vem com as oito primeiras músicas do projeto. Ao contrário de Kelis, Robyn aposta também nas baladas, Hang With Me e Jag Vet En Dejlig Rosa, que encerram o cd. Inclusive, Hang With Me será o primeiro single de Body Talk Pt. 2, em uma nova versão, eletrônica. Da primeira faixa até a sexta, temos seu estilo robótico costumeiro. Não tem como não amar Dancing On My Own, uma das mais românticas e tristes músicas eletrônicas já vistas. Além disso, não tenho como listar as minhas favoritas, todo o álbum é coeso e agradável. Ah, Body Talk Pt. 1 ainda tem uma reprise da parceria com a dupla Röyksopp, feita no último álbum deles e que rendeu a excelente The Girl And The Robot. Aqui eles cantam com Robyn a ótima None Of Dem.
Confira abaixo o excelente clip de Dancing On My Own:
Sobre o título do post, vocês devem estar se perguntando por que All Hearts. Esse é o nome da turnê que as Kelis e Robyn farão na América do Norte. Isso mesmo, elas farão uma turnê juntas, o que provavelmente será incrível, mas as chances de passarem pelo Brasil devem ser mínimas, para não dizer zero.
Espero que gostem da dica.
See ya!!!
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