domingo, 14 de março de 2010

Shutter Island

Ontem fui ver Shutter Island (Ilha do Medo, aqui no Brasil), e como já era de se esperar, Scorsese não me decepcionou. Mais um grande filme para a sua lista de clássicos do cinema. Para quem não é muito familiarizado com o diretor (oi? alguém?), Martin Scorsese dirigiu grandes clássicos do cinema contemporâneo como Taxi Driver, Touro Indomável, Os Bons Companheiros, Cabo do Medo e Cassino. Entre os filmes mais recentes do diretor estão os Guangues de Nova York, O Aviador e Os Infiltrados (filme pelo qual ganhou seu primeiro Oscar de melhor diretor) e todos eles têm algo em comum, todos são protagonizados por Leonardo DiCaprio, o novo queridinho do diretor, que também é o protagonista de Shutter Island.


O filme acompanha a investigação de dois policiais federais, Teddy Daniels e Chuck Aule (DiCaprio e Mark Ruffalo, respectivamente), em um hospital psiquiátrico localizado na ilha do título. Eles vão para lá para investigar o desaparecimento de uma paciente. O local é conhecido por abrigar pacientes com problemas psicológicos e que também são um perigo para a sociedade, criminosos. Além da investigação, descobrimos que Teddy tem motivos pessoaias para estar no caso e querer ir para o hospital psiquiátrico. O assassino de sua mulher (Michelle Williams) estaria internado lá.


Com o desenrolar do filme, Scorsese vai jogando com o personagem de DiCaprio e com o espectador. São situações que surgem, acontecimentos que nos confundem o tempo todo e que indicam diversos caminhos a serem seguidos pela história. Até a conclusão do filme (surpreendente por sinal) não se sabe o que é real e o que pode ser apenas conspiração. Todos parecem ser suspeitos e esconder algo. Começando com o personagem de Ben Kingsley, que interpreta o principal médico da instituição, Dr. Cawley. Ele se diz o tempo todo disposto a ajudar e proporcionar o que for necessário para a investigação, mas sempre temos uma sensação de que ele sabe mais do que diz saber.


Outro ponto que chama a atenção no filme é a trilha sonora. Desde o início ela se apresenta de maneira incomum mas muito bem utilizada, sempre alta e trazendo as vezes uma tensão inexistente à cena. Outro destaque do filme são os atores. Além dos já citados protagonistas, que nos entregam interpretações convincentes e fortes, Shutter Islando possui um time de primeira apoiando o desenvolvimento da história. Podemos considerar suas participações como pontas, já que a maioria dificilmente aparece mais do que em uma cena do filme, mas em cada uma dessas cenas temos o máximo de cada um. Entre os grandes nomes temos Patricia Clarkson, Jackie Earle Haley e Emily Mortimer.


Um dos grandes destaques da produção também, é a sua montagem, principalmente nas cenas que confundem sonho e alucinação. Elas nos levam ao passado do protagonista, mostrando seus traumas e sofrimentos, desde sua participação na Segunda Guerra Mundial até momentos que misturam lembraça do momento em que sua mulher morreu com a realidade em que ele vive, em que eles discutem a sua atuação na ilha. Em resumo, Shutter Island é um grande filme que passeia pelo psicológico sem recorrer ao terror gratuito que o título nacional pode sugerir. Aconselho que vejam e comentem. O filme está em cartaz em todo o Brasil desde a última sexta-feira.

Vejam o trailer:


See ya!!!

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