segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

50/50

Minhas expectativas foram atendidas. Desde que vi o trailer de 50/50 pela primeira vez fiquei extremamente ansioso e curioso pelo filme e não poderia ter ficado mais satisfeito com o resultado. No entanto, como já estamos acostumados a presenciar nas bilheterias, a qualidade não garante sucesso. Por causa de uma bilheteria modesta de 50/50 nos EUA o lançamento do filme por aqui foi influenciado diretamente. A Imagem Filmes, dona dos direitos sobre o lançamento no Brasil, decidiu então lançá-lo direto em DVD, o que é triste, já que mais uma vez os brasileiros serão privados de ver uma obra de qualidade incrível nas telonas enquanto porcarias dominam as salas de exibição. 

50/50 conta a história de Adam (Joseph Gordon-Levitt), um jornalista de 27 anos que leva uma vida extremamente correta. Não bebe, não fuma, não faz nada que arrisque sua vida ou saúde, o que fica muito claro em uma cena logo no começo do filme em que ele está correndo e, mesmo diante de uma rua totalmente vazia, ele não atravessa enquanto o sinal não fica vermelho. No entanto, em uma visita ao médico por causa de uma dor nas costas, Adam descobre que está com um tipo raro de câncer. Diante deste choque Adam precisa aceitar essa sua situação e lutar contra a doença. Para isso ele contará com a ajuda do melhor amigo Kyle (Seth Rogen) e da terapeuta Katherine (Anna Kendrick). O 50/50 do título faz referência às chances de Adam de sobreviver.

Uma das principais qualidades de 50/50 é o fato de o excelente roteiro do iniciante Will Reiser conseguir tratar um assunto tão difícil como o câncer de forma séria, triste e até melancólica, mas sem se render em nenhum momento ao dramalhão. Outro trunfo é o humor, leve e pontual, mas essencial para que o filme não fosse depressão do início ao fim. O elenco também está impecável, inclusive Seth Rogen, que muitos criticam. Cada um se encaixa e se adapta perfeitamente ao personagem que lhe foi dado passando um sentimento de realidade essencial para uma obra do gênero. Gordon-Levitt inclusive se destaca ainda mais como o protagonista e faz jus a todo o burburinho que vem causando nos últimos anos. Sua representação é complexa e repleta de emoções. Gordon-Levitt consegue passar a sensação de desespero, a raiva, a aceitação do destino e a superação de forma intensa e emocionante.
Adam: A tumor?
Dr. Ross: Yes.
Adam: Me?
Dr. Ross: Yes.
Adam: That doesn't make any sense though. I mean... I don't smoke, I don't drink... I recycle...
Não dá para ignorar a trilha sonora impecável que está em sintonia com o filme e com cada uma de suas cenas. São nomes como Bee Gees, Pearl Jam, Radiohead e The Walkmen em músicas que fazem todo o sentido dentro da obra e com os sentimentos do protagonista. O que é a cena dele chapado pela primeira vez ao som de To Love Somebody do Bee Gees?! Impagável. Não deixe de assistir essa pequena obra que é maior em suas qualidade que muitos filmes gigantescos que estão por ai. Confira o emocionante trailer abaixo:



See ya!!!

4 comentários:

  1. Já tá nas locadoras, Betão? Fiquei ansiosa por esse filme desde que você falou dele!

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  2. Parece que sai nas locadoras agora em janeiro. Eu baixei, caso não assista até voltarmos para Londrina eu te empresto.

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  3. Fechou! É o tipo de filme em que eu choraria num dia comum?

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  4. Certeza, acho que até em um dia de maldade como aquele do Namorados para Sempre.

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