Antes de mais nada, tenho que explicar minha relação com o personagem. Eu nunca conheci a história do Homem de Ferro, nunca fui íntimo de sua mitologia, nunca conheci seus vilões, eu realmente não sabia nada, apenas sabia que tinha um super herói da Marvel, que se chamava Homem de Ferro, vestia uma armadura vermelha e dourada e defendia o mundo. E eis que saiu o primeiro filme, Homem de Ferro, de 2008. Quando vi, tudo era novidade e uma novidade que eu realmente curti. O personagem era um dos mais legais e divertidos entre todos os super heróis, sua atitude cool, tranquila e sarcástica diante dos perigos enfrentados me ganhou desde o início. Acho que muito disso tenho que agradecer a Robert Downey Jr.. Sua interpretação do herói é inspirada e divertida desde o início, quando ele ainda é apenas Tony Stark. Outra coisa que me chamou a atenção no personagem foi sua personalidade que é a mesma durante todo o tempo, não muda quando ele veste sua "fantasia", como acontece com a maioria dos heróis. Enfim, Homem de Ferro entrou para a minha lista de super heróis favoritos, juntamente com Batman, X-Men e Homem Aranha - sendo o primeiro e o último, exemplos perfeitos do oposto de super herói que o Homem de Ferro é.
Depois dessa "pequena" consideração, vamos ao segundo filme que é o tema desse post. Vi hoje Homem de Ferro 2 - uma semana antes dos norte americanos. O filme é o exemplo perfeito de continuação que supera seu anterior não só em nível de grandeza mas também em qualidade. Isso foi possível porque o diretor, Jon Favreau (o mesmo do primeiro) manteve tudo que funcionou muito bem - manteve maior parte do elenco, novamente colocou a ação no momento certo e o humor presente sempre que necessário - e melhorou os poucos problemas do primeiro. Para ajudá-lo com essa empreitada, Robert Downey Jr. trouxe o roteirista Justin Theroux, que trabalhou com Downey Jr. em Torvão Tropical, execelente comédia dirigida por Ben Stiler em 2008. A história desse Homem de Ferro se inicia logo após o final do primeiro. O mundo todo sabe que Tony Stark é o Homem de Ferro, e ele realmente gosta disso, mas seus problemas estão aumentando. Seu aparelho, o que o mantém vivo, não está funcionando muito bem e tem piorado seu estado de saúde, o governo americano quer tomar posse de suas armaduras e ainda por cima ele tem que enfrentar Ivan Vanko (Mickey Rourke), o filho de um dos pesquisadores que trabalhavam com seu pai. Vanko se transforma em Chicote Negro (Whiplash, em inglês), o vilão dos quadrinhos, e vem atrás de Stark em busca de vingança. O primeiro confronto dos dois, na cena da corrida em Mônaco, é sensacional.
Todos os atores entregam interpretações consistentes. Don Cheadle substitui muito bem Terrence Howard, aqui assumindo também a identidade do Máquina de Combate, Gwyneth Paltrow parece muito mais confortável como Pepper Potts que no primeiro filme e Sam Rockwell, como Justin Hammer, surge como um wannabe Stark. Além de competir com as Indústrias Stark, é claro durante todo o tempo de projeção o seu desejo é ser igual a Star, ter o seu sucesso em todos os sentidos, o que o leva a tentar destruí-lo. Mickey Rourke não faz muito, mas convence como o sujeito durão em busca de vingança, Scarlett Johansson é uma beleza de ser vista como Natasha Romanov, futura Viúva Negra, e Downey Jr., como sempre, entrega uma interpretação gostosa de se ver. Ele dosa de maneira perfeita todos os lados de Stark. Seus narcisimo desenfreado, seus momentos de loucura, infantilidade e sua genialidade. Só por ele e por sua interpretação já valeria o filme. Ele torna um sujeito politicamente incorreto amável para o público. Além disso, seus diálogos são sempre bons de se ouvir, em especial seu embate com o governo, enquanto tenta defender seu direito de permanecer com a armadura.
Outro destaque de Homem de Ferro 2 é a construção do universo Marvel nos cinemas que o estúdio vem fazendo. Aqui, mais claro que no primeiro filme, a formação dos Vingadores é inevitável. O super grupo é citado durante todo o filme, principalmente nas cenas em que Samuel L. Jackson surge como Nick Fury. Ele é a ligação entre os filmes, que agora também conta com a Viúva Negra de Johansson e com o retorno do Agente Coulson interpretado nos dois filmes por Clark Gregg (The New Adventures of Old Christine). Eventos de O Incrível Hulk são citados, o escudo do Capitão América realmente aparece e Thor tem grande destaque na produção. Quando Nick Fury cita o grupo para Stark, chamado no documento de Iniciativa Vingadores, Stark diz parecer nome de Boy Band Superpoderosa, em mais um de seus diálogos divertidíssimos. Nos resta agora, depois de aproveitar tudo que Homem de Ferro tem a oferecer, aguardar pelos próximos projetos da Marvel e pela junção do super grupo.
Thor já está sendo filmado, com direção de Kenneth Branagh, e tem estreia marcada para 6 de maio de 2011. Em seguida vem Capitão América. O filme que será estrelado por Chris Evans (o Tocha Humana do Quarteto Fantástico) e dirigido por Joe Johnston (diretor do recente O Lobisomem) tem estreia marcada para 22 de julho de 2011. Já o filme do super grupo, Os Vingadores, tem estreia marcada para 4 de maio de 2012. Todos devem voltar para integrar o super gurpo, a única dúvida por enquanto é a presença de Edward Norton como Bruce Banner. Ainda sobre Os Vingadores, o diretor deve ser Joss Whedon, o criador da série de TV Buffy, A Caça Vampiros.
Voltando ao Homem de Ferro 2, não saia da sala de cinema antes do fim dos créditos, tem surpresa, e a trilha sonora com AC/DC, que já havia feito parte da trilha do primeiro filme, continua empolgando.
Veja o trailer:
See ya!!!
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