Rio

Não sou o maior fã do Rio de Janeiro e nem o mais patriota do mundo, mas esperava que Rio, animação do brasileiro Carlos Saldanha (diretor dos três A Era do Gelo), fosse um filme que retratasse melhor a cidade que o nomeia e também tentasse mostrar outros lados do país e de seus habitantes. Quando os primeiro trailers começaram a sair eu já percebi que nada disso aconteceria, o que se confirmou quando vi o filme.

Rio conta a história de Blu (voz original de Jesse Eisenberg), a última arara azul macho do mundo, que é levada para os Estados Unidos ainda filhote e adotada por Linda (voz de Leslie Mann), que o cria de uma forma tão protetora que nem voar ele aprende. Suas vidas pacatas mudam quando Linda é convencida por Túlio (voz de Rodrigo Santoro), um estudioso de aves brasileiro, a trazer Blu para o Rio de Janeiro para que ele possa acasalar com Jade (voz de Anne Hathaway) e assim ajudar a espécie a sair do risco de extinção. Aqui, Blu e Jade acabam roubados por um grupo de traficantes de pássaros e, quando fogem, precisam superar suas diferenças para conseguirem se salvar.

O filme é uma aventura bem família, com mais drama e ação que comédia e muito bem realizado tecnicamente. A animação é maravilhosa, com cores vibrantes, cenários recriados perfeitamente e uma extensa variedade de locações contrastantes que só acrescentam à produção. O problema é a insistência em estereótipos que vivem sendo reafirmados em produções que retratam o Brasil lá fora. Em nenhum momento Rio foge do samba, praia, favela e criminalidade. Ali é como se todo brasileiro amasse o carnaval e vivesse em função disso.

Alguns personagens são bem divertidos, como Nico e Pedro (vozes originais de Jamie Foxx e Will.I.Am, respectivamente) que nos garantem as melhores falas e os momentos mais engraçados da produção. De resto, apenas mais uma animação bem realizada, mas que não deve ter muito destaque entre adultos, no máximo entreterá as crianças por uma hora e meia, mas nada além disso.

Confira o trailer abaixo:

See ya!!!