terça-feira, 3 de maio de 2011

A Garota da Capa Vermelha

Quando surgiram os primeiros comentários sobre uma nova versão da Chapeuzinho Vermelho, com uma abordagem mais sombria, eu fiquei extremamente empolgado. Minha empolgação foi diminuindo com o passar do tempo de acordo com as notícias que diziam querer aproximar o novo filme da saga Crepúsculo - até a diretora do primeiro filme da franquia foi contratada. Quando saiu o primeiro trailer, até achei que havia alguma esperança para a produção, mesmo sendo claro que de sombrio não teria nada. Mas eis que meus instintos estavam certos. A Garota da Capa Vermelha é um equívoco do começo ao fim.


O filme conta a história de um vilarejo que é assombrado por um lobisomem. Toda lua cheia os moradores se fecham em suas casas e rezam para não serem os próximos devorados pela criatura. Nesse lugar conhecemos Valerie (Amanda Seyfried), a chapeuzinho vermelho. Ela é apaixonada por um lenhador, mas sua mão foi prometida a outro homem por ter dinheiro. Esse é o início da história, que a partir disso, passa a ser tratada como um suspense com pitadas de romance na busca de descobrir que é o lobisomem que atormenta a vida dos moradores do vilarejo e qual sua ligação com a Chapeuzinho.


O primeiro erro da produção, e sem dúvidas o maior de todos, é o seu roteiro pavoroso de David Johnson. Não há uma história que se preze e os personagens não possuem uma fala sequer que não seja uma frase de efeito ou redundante. As repetições do texto chegam a ser irritantes, sem contar que ele trata o espectador como um retardado, mostrando flashbacks de todos os acontecimentos, como se fôssemos incapazes de descobrir por nós mesmos.


O elenco também não é dos melhores, com suas atuações superficiais. Até o grande Gary Oldman sofre com o péssimo texto, entregando uma performance caricata e histérica. E a diretora? Catherine Hardwicke (Aos Treze e Crepúsculo) com certeza deveria abandonar as fantasias e voltar para os dramas intimistas onde se destacou no começo de sua carreira. Aqui ela não parece saber para onde seguir, sua câmera está sempre balançando, indecisa como ela. Sem contar o abuso dos planos em primeira pessoa com a câmera trêmula, que deveria causar um suspensa, mas não passa de uma técnica usada sem o mínimo resultado. Concluindo, nada salva nesse péssima tentativa de atrair adolescentes aos cinemas, nem mesmo o romance consegue ter o impacto esperado.


Confira o trailer abaixo:



See ya!!!

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