quarta-feira, 9 de março de 2011

Tron Legacy

Tenho que confessar: nunca vi o primeiro Tron, lançado lá no longínquo ano de 1982. Inclusive eu nem nascido eu era. Mas mesmo não tendo visto o filme sei de sua importância na história do cinema por ter sido uma das primeiras produções a usar efeitos especiais em larga escala, inclusive criando cenários inteiros por meio da computação gráfica, algo realmente impressionante para a época. Vinte e oito anos depois chegou aos cinemas a sua continuação, Tron Legacy (Tron – O Legado). O filme teve uma divulgação intensa pela Disney. Foi praticamente um ano de trailers, cartazes e vídeos que faziam o filme parecer mais e mais promissor. Quando Tron Legacy estreou no fim de 2010 ele acabou sendo decepcionante para os mais ansiosos. Não para mim. Não sou fã, não tinha grandes expectativas, fui ver de cabeça aberta e para a minha surpresa, o filme é um ótimo passatempo, bem divertido.


Tron Legacy começa sete anos depois do primeiro filme, com Kevin Flynn (Jeff Bridges rejuvenescido digitalmente) contando a história de sua visita àquele mundo para seu filho pequeno, Sam Flynn (Garrett Hedlund). Na mesma noite ele desaparece sem deixar qualquer vestígio. Vinte e um anos depois Sam acaba indo parar na Grade (nome dado ao espaço cibernético em que se passa o filme) em busca de seu pai. A partir do momento em que o personagem entra na Grade começa a diversão da produção. O filme, que peca por não ter uma história bem escrita e bem amarrada, nos deslumbra com seu visual incrível.


A produção proporciona ao espectador que deixar a exigência de lado momentos de diversão e deslumbramento e todos são mérito da equipe técnica do filme. Os efeitos especiais são estupendos e o grupo responsável pela direção de arte merece todo o mérito pela ótima experiência visual que é acompanhar essa jornada digital trazendo um mundo semelhante ao visto no filme anterior, mas evoluído. A edição feita por Claudio Miranda, o mesmo responsável pela edição dos filmes de David Fincher, é extremamente bem feita, os figurinos de Michael Wilkinson também seguem a mesma ideia do visual, lembrando o que era usado no filme original, e a trilha sonora do duo Daft Punk é impecável – eles inclusive participam do filme como os DJs mascarados, nada muito diferente da vida real.


Jeff Bridges retorna ao seu papel de vinte e oito anos atrás se divertindo como nunca. Além disso, Bridges empresta suas feições para o vilão do filme, CLU, um ser criado virtualmente Flynn para cuidar da Grade que acaba se virando contra o criador. O rejuvenescimento feito pela mesma equipe que trabalhou em O Curioso Caso de Benjamim Button é bem realizado e convence na maior parte do tempo. Garrett Hedlund, o novo protagonista, não chega a estragar o filme, mas passa batido como novo herói. Porém, quem realmente se destaca na produção é Michael Sheen com um papel estranho que o proporciona espaço para ser caricato e exagerado, tornando-o divertidíssimo.


Enfim, Tron Legacy acaba sendo um ótimo entretenimento para quem estiver afim de passar um tempo se divertindo diante de um bom filme de ação sem nenhum questionamento muito profundo ao algo do tipo. Ah, e baixem, comprem, ouçam a trilha sonora excelente, vale muito a pena. Confira o trailer abaixo:



See ya!!!

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