sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Opinião: Rita Ora - ORA

Quando Rita Ora surgiu, só se falava na nova protegida do Jay-Z e na possibilidade de estarmos diante de uma nova Rihanna - ah, as comparações eternas. No entanto, com o passar do tempo, enquanto que para alguns seu álbum de estreia, intitulado ORA, era um dos mais aguardados do ano, para mim ele não fazia muita diferença. Os dois primeiros singles lançados, How We Do (Party) e R.I.P., falharam em conseguir minha atenção, por isso, minha expectativa em relação ao restante do trabalho da cantora era praticamente nula. Mas, como sou curioso, resolvi dar mais uma chance para a cantora agora que o álbum completo vazou e eis que, para a minha surpresa, o resultado final é melhor que o esperado.

É um dos melhores álbuns do ano? Não, mas tem algumas músicas muito boas ali. Para começar, Facemelt. A faixa, que é uma produção do incrível Diplo, segue o mesmo caminho de Birthday Cake, da Rihanna, é apenas uma intro - Birthday Cake era uma interlude -, mas é melhor que muita música inteira por ai e depois de ouví-la fica aquela vontade absurda de que ela fosse completa. Outra música incrível é o single promocional Roc the Life. Ela tem aquela batida deliciosa e um refrão que te faz ir junto "while I roc the life li li la la li li life". Love and War é outro destaque. A faixa é uma produção do Stargate, conta com a participação do rapper J. Cole, foi escrita por Ester Dean e busca sua inspiração no hip-hop, junção de fatores que nas mãos de Rihanna seria uma sucesso absurdo, mas que aqui pode não render.

Fall In Love, faixa que conta com a participação de will.i.am e que também foi o responsável por sua produção, é vício instantâneo. A música é a que mais investe no eletrônico e nas batidas com pitada de dubstep, e o resultado é incrível. Outra favorita é Been Lying, uma balada linda que é a cara de algo que a Beyoncé lançaria há alguns anos e que nem parece ter sido produzida por Diplo, que normalmente nos entrega uma sonoridade mais experimental. Por último, Crazy Girl, da versão deluxe do álbum, é a faixa com mais cara de Diplo que não foi produzida por ele que já vi. As camadas de sons que se casam perfeitamente é uma maravilha e, se a letra não faz muito pela música, ela deve render horrores nas pitas só pelo seu instrumental.

O resultado final de ORA é bem satisfatório e, no conjunto da obra, até os dois primeiros singles que não me agradavam começaram a ganhar um espaço nas minhas playlists. No entanto, o álbum soa um pouco sem personalidade, ela parece experimentar diversos estilos sem saber ao certo qual é o dela.

Ouça abaixo Roc the Life, a minha favorita no momento:



See ya!!!

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