sábado, 18 de agosto de 2012

Crítica: O Vingador do Futuro

Apesar de só ouvir falar mal do remake de O Vingador do Futuro, eu estava até que bem ansioso pelo filme. Para começar, sou grande fã do Colin Farrell e sempre fico na torcida para que seus filmes sejam bons. Em segundo lugar, também gosto muito do diretor Len Wiseman que, além de ter dirigido os dois primeiros Underworld (Anjos da Noite), fez um excelente trabalho no Duro de Matar 4.0. Por último, não atrapalha em nada o filme ter Kate Beckinsale e Jessica Biel como duas mulheres fodonas. E no fim das contas, mesmo o filme não sendo nenhuma obra prima, não achei o lixo que vinham dizendo.

Como as comparações entre o remake e o original são inevitáveis, já deixo bem claro que o filme não é melhor que o original dirigido por Paul Verhoeven e estrelado por Arnold Schwarzenegger. Na verdade, este novo Vingador do Futuro não passa de uma versão de visual atualizado e roteiro piorado, mas ainda assim diverte e entretém durante seus 118 minutos de duração. A história acompanha um mundo quase destruído que se dividiu em dois. De um lado temos a United Federation of Britain, onde vivem os ricos e poderosos, e do outro temos a Colônia, onde estão os pobres trabalhadores. Lá também vive Douglas Quaid (Farrell), um operário que movido por suas inquietações acaba indo parar no Rakall, um lugar criado para implantar memórias artificiais na mente das pessoas, e ali ele descobre que tudo que tem vivido não passa de uma mentira.

Se tem algo que não pode ser criticado nesta nova versão do conto de Philip K. Dick é seu visual e efeitos especiais. O design de produção criado por Patrick Tatopoulos, que já trabalhou com Wiseman no segundo Underworld e no Duro de Matar, é simplesmente incrível. Tatopoulos mescla de forma impecável futuro e passado e transforma a Colônia em uma espécie de favela gigantesca, o que serve muito bem ao próposito do roteiro de transformar a história principalmente em uma luta de classes. Por falar no roteiro, o trabalho de Kurt Wimmer (Salt) e Mark Bomback (Duro de Matar 4.0) não foge do lugar comum e não tem tempo para se aprofundar em nenhuma das discussões propostas o que torna todo o discurso vazio.

Outro destaque deste remake, tanto para o bem quanto para o mal, é sua ação desenfreada. Se por um lado ela começa extremamente divertida e muito bem feita - Wiseman sabe criar cenas de ação repletas de estilo, vide o primeiro confronto de Quaid com os policiais em uma cena sem corte aparente -, por outro, lá pela quarta perseguição, ela se torna cansativa, com sequências extremamente longas e até um pouco repetitivas.

O elenco é bom e dá conta do trabalho. Colin Farrell investe em um estilo mais herói por acidente; Jessica Biel sempre se sai bem como heroína de ação; Kate Beckinsale está louca e desenfreada, o que rende cenas bem divertidas; e Bryan Cranston sempre vale o ingresso.

No fim das contas, este remake pode não ter atingido o nível do anterior e dificilmente ficará registrado na memória dos fãs de ficção científica como aconteceu com o original, mas ainda assim não é uma perda total de tempo.


Confira o trailer abaixo:



See ya!!!

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