quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dylan Dog

Tinha até esperanças em relação ao filme, apesar de a realidade apontar para outra direção. O trailer parecia bem decente e eu sou suspeito quando se trata de filmes que envolvem vampiros e lobisomens. Por pior que seja, sempre encontro algo a me apegar que salve pelo menos parte da produção. E juro que procurei bastante em Dylan Dog, adaptação da HQ italiana de Tiziano Sclavi, mas, tirando a atuação de Sam Huntington, nada salvou.

Dylan Dog – Dead of Night conta a história de um detetive, o Dylan do título, que sempre trabalhou investigando e cuidando de assuntos sobrenaturais, até que, depois da morte de sua namorada, abandonou o serviço e foi trabalhar como um detetive comum. Um dia Dylan é chamado para um trabalho e se vê envolvido com esse mundo surreal novamente. Agora ele tem que impedir que Vargas, o chefão vampiro, use um artefato histórico para trazer um monstro terrível de volta a vida e iniciar uma guerra entre os seres não-vivos.

A história tinha tudo para render, mas acaba se tornando uma salada de referências mal feitas prejudicada ainda mais pelo baixo orçamento que não permite efeitos decentes e por um roteiro péssimo que não consegue criar boas sequências e nem amarrar a história ao mesmo tempo em que tenta surpreender com revelações bestas e uma narração em off do protagonista desnecessária e irritante. A direção amadora de Kevin Munroe (responsável anteriormente pelo filme animado das Tartarugas Ninja) também não ajuda, assim como a montagem confusa.

Brandon Routh, que surgiu para o estrelato interpretando um dos papéis mais icônicos existente, o Superman, mostra que não tem força para manter um filme e que se continuar assim deve cair no esquecimento. Sobra para Sam Huntington, que já trabalhou com Routh em Superman – ele interpretava Jimmy Olsen na produção – deixar a produção menos insuportável. Sua atuação não é muito diferente do que ele faz protagonizando a série Being Human, mas ainda assim é divertida e entretém. Muda basicamente o monstro que ele interpreta, lá na série ele é um lobisomem e aqui, um zumbi, mas seu jeito bobão vivendo em um mundo não desejado por ele é o mesmo e com isso ele consegue os melhores momentos em cena.

Ao final do filme fica ainda aquele gosto amargo de trabalho não cumprido e a tristeza por ver como essas criaturas lendárias já não rendem mais filmes de qualidade, tudo por causa de uma moda irritante que tem tentado sugar o máximo de dinheiro dos fãs do gênero. Resta-nos ficar com as séries de televisão, que têm se mostrado muito melhores em qualidade. Recomendo, para quem gosta dessas criaturas, que ao invés de ver esse filme, vá ver True Blood, a já citada Being Human e até mesmo The Vampire Diaries, a diversão é garantida.

Se ainda assim você quiser ver o filme, a estreia está marcada para 12 de agosto nos cinemas brasileiros ou você pode baixar. Confira o trailer abaixo:



See ya!!!

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