domingo, 13 de junho de 2010

Esquadrão Classe A

Ontem fui assistir à adaptação para os cinemas da famosa série de TV dos anos 80, Esquadrão Classe A. Fui como um completo estranho a todo o material original, do qual só conheço o famoso moicano e estilo extravagante do personagem B.A. Baracus, interpretado na série por Mr. T. O que me chamou a atenção para querer ver filme foi o trailer, que trazia boas cenas de ação e um elenco até que bom.


No início do filme somos apresentados a cada um dos personagens em uma espécie de origem do esquadrão. Eles ainda não se conhecem, o que acaba acontecendo em uma situação muito parecida com as que eles viriam a enfrentar depois. Depois desse primeiro momento, eles se tornam o esquadrão do título, que trabalha nas forças armadas com as missões mais impossíveis. O esquadrão é composto pelo Coronel John "Hannibal" Smith (Liam Neeson, de Batman Begins e Fúria de Titãs), o Tenente Templeton "Cara-de-Pau" Peck (Bradley Cooper, de Se Beber Não Case), o Sargento Bosco "BA" Barracus (Quinton Jackson) e o Capitão H.M. Murdock (Sharlto Copley, de Distrito 9).


Eles acabam sendo vítimas de uma conspiração que os faz para na cadeia. Com ânsia por vingança e para limpar seus nomes, o grupo foge da prisão e parte em mais uma missão. Enquanto isso, são perseguidos pela agente do FBI Clarisa Sosa (Jessica Biel, de Blade: Trinity), uma antigo caso amoroso de Peck. Esse é o pequeno rabisco de roteiro para jogar o quarteto principal nas cenas de ação mais loucas e improváveis. E é nessas cenas que reside o destaque e também o ponto fraco do filme. Muitas delas são muito bem realizadas e com efeitos eficientes - tirando a cena dos containers. Mas em outras, tudo parece exagerado demais, fazendo o espectador forçar até demais para acreditar. Sei que estou vendo uma obra de ficção, e estou disposto a levar em conta isso o tempo todo, mas a exigência deles chega a ser desmedida.


O filme ganha pontos na diversão que é ver os protagonistas em cena. Liam Neeson não faz nada muito diferente do que ele costuma fazer em filmes do tipo, o cara sábio que comanda e é a mente por traz de tudo. Bradley Cooper se destaca pelo charme e simpatia, sendo extremamente divertido e até cínico em alguns momentos. Não sei se sou só eu, mas as vezes sua forma de atuar me lembra um pouco o Ryan Reynolds. Sharlto Copley rouba a cena como o maluco mais insano e divertido. Já Quinton 'Rampage' Jackson está ali para quebrar os caras na porrada, o que ele faz bem, mas no fim, ele ainda é um ator bem ruim.


Outro ponto em que Esquadrão Classe A peca é no didatismo. Cansa um pouco em quase todas as cenas de ação, o diretor inserir na montagem um paralelo com os protagonistas explicando tudo que estão fazendo. Essa é uma técnica conhecida e até que muito usada, principalmente em filme de assalto, em que planos mirabolantes são colocados em prática, mas usar isso demais em cena pode enjoar o espectador.


Enfim, é um filme irregular que agrada em certos momentos, mas também desaponta no todo. Veja pela diversão que é acompanhar os protagonistas, mas não é, nem de longe um filme obrigatório. Ah, uma consideração, o diretor é Joe Carnahan, o mesmo do ótimo Narc e do não tão bom assim A Última Cartada. Se continuar nesse ritmo, a carreira dele está decaindo, o que não é bom. E com os números nas bilheterias americanas que saíram hoje, o estúdio não deve estar muito feliz. O filme ficou em segundo lugar nesse fim de semana de estréia com apenas U$ 26 milhões, tendo custado U$ 110 milhões, e depois disso, a tendência é cair.

Veja o trailer abaixo:


See ya!!!

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