terça-feira, 1 de maio de 2012

Crítica: Os Vingadores

Parece que foi ontem que o primeiro Homem de Ferro acabava de chegar aos cinemas e nossos olhos de fãs brilhavam com a possibilidade de em um futuro um pouco distante vermos um filme d'Os Vingadores nas telonas. E vamos ser sinceros, por mais que a Marvel desse todos os indícios de que seria algo natural na construção do universo deles nos cinemas, a desconfiança predominava, afinal, unir em um só blockbuster todos estes astros era uma missão quase impossível, não só pelos salários absurdos, mas também, e principalmente, pelos seus egos. Além disso, depois de uní-los, era necessário torcer pelo entrosamento e pela dedicação de cada um deles. Pois então, aqui estamos nós, quatro anos e cinco filmes solos depois, e o que parecia impossível acabou se tornando um dos melhores filmes já feitos.

Os Vingadores mostra Loki retornando para a Terra, depois de sua derrota no filme solo do Thor, em busca de vingança. Ele se uniu a uma raça alienígena e com isso pretende dominar o planeta e se tornar o mestre de todos os seres humanos. Diante da ameaça global, Nick Fury percebe que ele precisará retomar seu antigo projeto e chamar os maiores heróis do mundo para nos defender. Só que para estes heróis se unirem e formarem os Vingadores não será tão fácil assim. Mas, quando acontece, é lindo ver todos eles unidos na batalha, aquela cena em que a câmera gira em torno dos heróis enquanto eles se preparam para a luta é de arrepiar.

Só que calma, vamos por partes. Para começar, o nome do filme é o de Joss Whedon. O desconhecido do grande público responsável por séries de TV como Buffy, Angel e Firefly, e cujo único filme como diretor até agora era Serenity, adaptação do seu próprio seriado Firefly, se mostra extremamente preparado para a missão de colocar os heróis juntos. Algo que muita gente questionou se ele conseguiria. Whedon, que também escreveu o roteiro, consegue construir um filme que dá espaço para cada um de seus muitos personagens e também os torna necessários a trama, escapando assim das aparições jogadas na tela para contentar os espectadores. Com um elenco de quatro grandes protagonistas, mais uns quatro ou cinco que são importantes para a trama e um vilão para dar destaque, Whedon soube balancear a presença de tela de cada um deles de forma primorosa e completamente fiel a sua história.

Muitas pessoas estão reclamando do prólogo do filme, dizendo que ficou muito longo e arrastado, o que eu discordo. Ali Whedon consegue criar uma base firme para toda a produção enquanto apresenta seus personagens e a importância de cada um para a história. Além do equilíbrio imprecável na história, Whedon também cria algumas das cenas de ação mais fodas e épicas do cinema. Que o diga a luta entre Thor, Capitão América e Homem de Ferro. E a batalha final então? O que é aquele plano sequência que segue pelas ruas de Nova York mostrando o que cada um dos heróis está fazendo e como está a batalha. É de fazer chorar de tão lindo. E a primeira transformação do Hulk (Mark Ruffalo)? FODA! E por falar em Hulk, o cara rouba todas as cenas em que aparece, provando que o personagem só não teve sorte até agora nos cinemas por falta de um diretor e/ou roteirista que soubesse como utilizá-lo. Encerro meu caso dizendo só uma coisa: "Puny God!".

Os outros heróis também não ficam atrás. O Capitão América de Chris Evans tem aquela pequena porção de incômodo pelo mundo diferente em que ele está agora, mas, quando necessário, não hesita em se tornar um líder de qualidade. Chris Hemsworth continua incrível como Thor. Ele nasceu para este papel como eu disse na crítica do filme quando foi lançado. Robert Downey Jr. é Robert Downey Jr. e como todo mundo já esperava, rouba as cenas em que aparece com suas piadinhas e estilo de milionário excêntrico. E não pense que os agente da S.H.I.E.L.D. ficam atrás só por não terem poderes ou armaduras de última geração. Tanto a Viúva Negra de Scarlett Johansson quanto o Gavião Arqueiro de Jeremy Renner se mostram guerreiros de qualidade equiparável com os próprios heróis. E a vingança como motivação sempre ajuda. Por último, não posso deixar o vilão de lado. Tom Hiddleston está ainda mais confortável no papel de Loki do que estava em Thor e aqui assume de vez o estilo egocêntrico e louco do personagem.

Quanto ao 3D, totalmente dispensável. Não vi nada ali que justificasse o uso incômodo daqueles óculos - eu sempre vou achar incômodo. De resto, são quase duas horas e meia de projeção que te farão ter orgasmos nerd múltiplos. Agora, cá entre nós, a Warner deve estar se roendo de ódio por ter deixado Whedon ir embora. Se vocês não sabem, era para ele ter dirigido o filme da Mulher Maravilha, mas o estúdio vetou o roteiro dele. Confira o trailer de Os Vingadores abaixo:



See ya!!!

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