quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Thousand Suns

Sou fã de Linkin Park desde muito tempo, nem lembro exatamente a data, só sei que comecei a gostar e ouvir com frequência logo no primeiro álbum da banda, o clássico - para mim - Hybrid Theory. Desde então nunca deixe de acompanhar. Agora em setembro eles lançaram seu quarto álbum de inéditas, A Thousand Suns, e sem dúvida nenhuma o mais diferente e experimental.


Por mais que os fãs reclamem dessa nova sonoridade, eu aplaudo a banda pela coragem de sair de sua zona de conforto e tentar se reinventar a cada novo trabalho. Algo parecido já havia acontecido no álbum anterior deles, Minutes To Midnight, de 2007. Agora, ouvindo esse novo álbum, notamos como o anterior foi um ensaio para algo ainda mais grandioso. Em A Thousand Suns, o som característico da banda, a mistura de metal com hip-hop, é deixado de lado para um som com uma pegada mais eletrônica, até psicodélica em alguns momentos. O novo disco está ligado à perdas, vida e amor, tudo isso envolto a um clima de guerra, com diversos discursos, inclusive de Martin Luther King Jr.

O álbum é conceitual, todo ligado, do início ao fim, quase que impossível de ser dividido em singles. A própria banda declarou que ele foi feito para ser ouvido como um todo e que só assim será inteiramente absorvido e a experiência estará completa. A Thousand Suns começa com duas faixas curtas que servem como uma introdução ao que vem pela frente, The Requiem e The Radiance. Em seguida temos Burning In The Skies, melódica, mas forte em sua letra. A voz de Chester Bennington continua a mesma, simplesmente incrível. A próxima música do álbum, Empty Spaces, é um prelúdio da guerra que vem pela frente em When They Come For Me, uma faixa praticamente toda cantada por Mike Shinoda, e Robot Boy. A faixa seguinte é Jornada Del Muerto, uma introdução para uma das melhores, senão a melhor, do álbum, Waiting For The End, em que Chester canta a desistência da luta e a aceitação da morte. Blackout é a que mais se aproxima do estilo de cantar conhecido da banda, com Chester usando seus potentes vocais ao máximo. Wretches and Kings é toda calcada no discurso de Martin Luther King Jr. e debate a repressão e o caminho para a oposição. Em seguida Wisdom, Justice and Love ainda se vale do discurso para criar uma aura sombria e indicar o caminho para o final do álbum, que é mais baseado na esperança de uma nova oportunidade e de melhora. Esse início do fim é na faixa Iridescent, que prega a luta e a volta por cima. Fallout é a introdução para The Catalyst, a próxima faixa e primeiro single do álbum. A música é o renascimento desse homem cantado pela banda por meio do fogo dos "mil sóis". The Messenger, a última faixa do álbum, é uma canção praticamente acústica que prega o amor como caminho para essa redenção, e como a própria letra diz, é só o amor que nos mantém unidos.

Ouçam!!! A Thousand Suns merece uma chance, e se você se livrar de seus preconceitos pela mudança, perceberá que é um dos melhores álbuns do ano, e possivelmente, um dos melhores já feitos. Ah, e eu não podia deixar de falar que estou aguardando ansiosamente pelo show deles no próximo dia 11 no SWU. Depois conto como foi.

Abaixo o clipe do primeiro single do álbum, The Catalyst:



See ya!!!

p.s. Esse post foi publicado por mim essa semana no Falando em Notas.

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