Ontem, depois de muito tempo de espera e ansiedade, pude finalmente ver a primeira parte do final épico e trágico de Harry Potter. Não tem como não se emocionar ao ver o fim de algo que fez parte de sua infância/adolescência. Foram anos lendo os livros e sempre marcando presença nas salas de cinema sempre que um novo filme era lançado. Esse ritual todo tem data marcada para acabar, 15 de julho de 2011, quando a segunda parte chega aos cinemas. Mas vamos deixar para sofrer muito mais quando chegar a hora. O assunto agora é essa primeira parte.
Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 é o início da batalha final entra Harry e Voldemort. O filme já começa em um tom soturno, todos próximos à Harry temem por suas vidas e pela do próprio bruxo. Não tem como já não se emocionar durante as primeiras cenas, principalmente quando aparece Hermione apagando a memória de seus pais e toda a sua existência ao lado deles. A partir disso o filme se torna uma perseguição constante com Harry e seus amigos fugindo de Voldemort e seus Comensais, ao mesmo tempo que procuram pelas horcruxes.
A decisão de dividir o último livro da série em dois filmes foi acertadíssima, já que o grande número de informações e acontecimentos seriam totalmente prejudicados caso tentassem condensar tudo em um só filme. Claro que a Warner deve ter tomado a decisão pensando mais em seus cofres cheios de dinheiro que nos fãs, mas nesse caso as duas partes saíram beneficiadas. O roteiro de Steve Kloves é preciso em priorizar o essencial e tornar a obra um deleite para qualquer fã. Claro que algumas coisas acabam ficando de fora, como a morte de Olho-Tonto, que é praticamente deixada de lado. Mas, como é fato, nunca todos serão agradados. Sobre dizerem que o filme é feito para os fãs, essa afirmação tem sua porção de verdade, mas pessoas que apenas acompanham a série nos cinemas não terão problemas em entender o desenrolar da trama. Claro que, se você não viu nenhum filme e/ou não leu nenhum filme, ficará perdido, já que Harry Potter é uma obra fechada desde o início, um filme depende dos acontecimentos do outro.
Quem também é um grande acerto para a produção é o diretor David Yates, que está na franquia desde o quinto filme, A Ordem da Fênix. Ele se mostra totalmente confortável em sua posição e além de mostrar seu desenvolvimento como diretor de blockbusters, ainda insere em alguns momentos uma direção mais intimista, com câmera na mão e cortes mais ousados. Tome como exemplo a perseguição na floresta, um primor de controle e que mostra que ele realmente sabe o que está fazendo ali. A fotografia soturna, quase toda cinza, o design de produção impecável e a edição excelente, juntamente com um trilha sonora forte e triste que nos acompanha durante toda a produção, são outros destaques dessa primeira parte.
Não há nem o que falar do elenco, eles cresceram naqueles papéis, eles se tornaram aqueles papéis e é um presenta para um fã da série poder acompanhá-los até o final. Além disso, não dá para não citar a participação mais emocionante e falada do filme, Dobby. (Quem não leu os livros pode parar de ler por aqui se não gostar de spoilers). A cena de sua morte é comovente é te leva às lágrimas. A construção da cena é mais um ponto em que David Yates se mostra espetacular. Por mais que você conheça a história e saiba do acontecimento, não há como não se emocionar.
Ah e o final! Depois de duas horas e meia de filme que mais parecem 15 minutos de tão bom que é, a produção chega ao ponto decisivo que precede a guerra, e é nesse ponto que somos deixados, aos prantos, angustiados e loucos de vontade pela parte 2, que como eu disse no início, só estreia no meio do ano que vem. Como não há outro jeito, aproveitemos esse começo do fim e nos vemos em 15 de julho de 2011 (que, por acaso, é meu aniversário).
Confira o trailer:
See ya!!!
Nem sou tão fã assim, mas levaria o Dobby pra casa ^^
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