quinta-feira, 7 de junho de 2012

Crítica: Branca de Neve e o Caçador

Branca de Neve e o Caçador foi idealizado para ser uma atualização da clássica história que ficou imortalizada nos cinemas pela animação da Disney. A ideia era deixar de lado a fofura da animação e trazer para as telas um conto mais realista e pesado com tom épico. No entanto, o resultado final não fica no nível esperado e a decepção é certa.

O filme começa contando a origem de Branca de Neve, como já era de se esperar. Tudo aquilo que conhecemos está ali, com uma ou outra mudança. A morte da mãe, o casamento do pai com outra mulher que assume o trono depois da morte dele e a busca constante desta rainha pelo poder e pela beleza eterna. Só que aqui o problema da Rainha, chamada de Ravenna, com Branca de Neve não é apenas por causa de sua beleza superior (Kristen "Porta" Stewart mais bonita que Charlize Theron? Bitch, please!), mas por Branca ser a única que poderá acabar com seus poderes e seu reinado. Quando a rainha tenta matar Branca para poder se tornar imortal, a princesa consegue escapar e assim encontrar seu destino que é liderar uma rebelião contra a rainha má.

O produto que recebemos é belíssimo, mas sem qualquer identidade e muitos dos problemas da produção estão no roteiro totalmente irregular e que mais soa como uma montagem de diferentes histórias na tentativa de criar um produto coeso. As cenas de batalha são tão fracas, mal filmadas, coreografadas e produzidas que não passam para o espectador qualquer empolgação ou sensação de perigo para os heróis. Além disso, desde o começo eu dizia que era um erro colocar Kristen Stewart como protagonista e depois de ver o filme minha previsão apenas se confirmou. Ela não tem qualquer expressão, ou melhor, apenas uma e não consegue convencer nem como a princesinha bela nem como a guerreira. Além disso, o elenco ainda conta com grandes nomes como Ian McShane, Bob Hoskins, Ray Winstone, Nick Frost e Toby Jones nos papéis dos anões, mas não dá o tempo e o destaque merecido para seus personagens e nem espaço para que se destaquem.

No entanto, o filme não é um disastre completo. A direção de arte é incrível, temos cenários incrívelmente belos, figurnos de encher os olhos (principalmente os da rainha) e até uma fotografia de qualidade com aspecto acinzentado muito comum em filmes de guerra para passar um tom mais realista. Além disso, Charlize Theron é um deleite para os olhos, ela está lindíssima, e mesmo com uma atuação exagerada ao máximo, é a melhor coisa do filme pela sua entrega ao papel. Chris Hemsworth também não decepciona como o Caçador equilibrando bem o heroísmo do personagem com momentos de humor.

E agora, com a batalha das Brancas de Neve nos cinemas concluídas posso afirmar, com toda a certeza, que prefiro Espelho, Espelho Meu a este Branca de Neve e o Caçador. Apesar de ambos estarem longe de serem grandes filmes, a comédia de fantasia de Tarsem Singh se saiu melhor na missão de entreter com sua diversão inocente, direção de arte incrível e uma Branca de Neve melhor.

Confira o trailer de Branca de Neve e o Caçador:



See ya!!!

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